1 de dez. de 2011

A mensagem de Steve Jobs


Quando assisti numa rede social ao emocionante discurso de Steve Jobs para os formandos de Stanford em 2005, me pus a pensar no que faz alguém se sentir de fato uma pessoa realizada. Chamaram-me atenção, particularmente, suas falas sobre “seguir o coração” ou “a voz interior”. 


Coisa mais misteriosa essa! Sempre segui o meu coração, mas sou cautelosa ao recomendar aos outros que façam o mesmo. Afinal, muitas vezes fui parar em lugares estranhos e assustadores.

Quase sempre, ao seguir a voz interior, encontrei uma coisa diferente daquela que imaginei, embora na maioria das vezes melhor que a expectativa. Por incrível que pareça, nossa imaginação nem sonha com as coisas que a vida pode nos oferecer.

Sonhamos apenas com aquilo que já conhecemos. E quando ousamos pisar em terrenos desconhecidos, o que está por vir é devir. Imprevisível e incalculável é o mistério da vida.

Os riscos da caminhada
Conheço pessoas que preferem levar a vida pisando em solo firme e conhecido. Geralmente é o que lhes aconselha a voz interior. Talvez essa voz saiba que, ao pisar em falso num terreno pedregoso ou pantanoso, essas pessoas podem desabar.

A maioria precisa de segurança, sendo assombrada por imagens criadas na imaginação. Afinal, o medo é uma força protetora, especialmente quando o mundo de dentro já contém riscos suficientes. 

No entanto, há pessoas que se lançam destemidas no rumo apontado pelo coração. Essas colecionam cicatrizes na alma. Caíram, voaram, perderam o fôlego, tragaram, estiveram diante do abismo, do êxtase, do assombro e sobreviveram. Umas mais inteiras que outras, mas geralmente aprenderam a ter cautela.

A voz interior é alguma coisa em nós que, sem sabermos como, sabe algo de nossa integridade. Não das partes, mas do todo. Esse, que chamamos coração, nos salva de um ataque de nervos através de uma enxaqueca ou de uma lombalgia que nos obriga a ficar de cama, no escuro durante horas ou dias até que o ser se refaça do estresse, mantendo intacto o psiquismo, o outro “coração”, aquele que é ritmado pelos afetos.

O problema com a voz interior é que nem sempre a ouvimos verdadeiramente. Ela é facilmente falseada pela voz do desejo e do medo. Tanto um quanto o outro se dirigem a algo que é imediato e urgente.

Objetivos do coração
O coração, não. Ele “olha” para alguma coisa essencial, nos acena e nos aponta lá na frente um objetivo vital, algo que não vai passar depois da festa, dos prazeres, dos aplausos. E que também não vai passar só porque o medo impediu o próximo passo.

Jobs aponta a curiosidade e a intuição como elementos fundamentais que o guiaram em sua jornada em direção ao essencial, que para ele é o amor. A curiosidade me parece, de fato, uma das manifestações deste que chamamos coração e que talvez seja o que alguns estudiosos do psiquismo como Jung e Guidano chamam de “self” ou “si mesmo”.

Já a intuição pode ser entendida, na maioria das vezes, como um tipo de percepção ainda incipiente, fruto de informações fragmentadas e não articuladas pela consciência, parecendo assim advir de uma fonte desconhecida.

Geralmente, fazendo uma retrospectiva dos fatos relacionados ao evento, podemos identificar de onde vem a informação intuída. Concordo que esse seja outro instrumento fundamental, reunindo a experiência, a observação e a aprendizagem.

O amor, ingrediente essencial da receita, como um tesouro, deve ser descoberto dentro de si mesmo.  O depoimento de Jobs é um testemunho disso. Ao contrário do que a maioria quer acreditar, o amor não é algo dado, não está pronto.

Forma e sentido 
As pessoas constroem a própria identidade em um processo constante de reordenação que se dá através da interação com o mundo. Precisam percorrer na vida a jornada da autoconsciência para que sejam capazes de desvendar e construir o amor, seja por um trabalho, por uma causa ou por alguém. Do contrário, provavelmente sejam outros os sentimentos que habitam o peito, travestidos de amor.

A vida guiada pela voz interior pode parecer incompreensível, pode não ter a linearidade a que nossa razão está habituada. Pode ser uma coleção de fragmentos com mais ou menos cor, cada um com sua razão de existência, mas sem conexão uns com os outros, até que um dia se juntam numa forma que passa a fazer sentido.

É nesse momento que uma pessoa se sente realizada, quando algo que é inefável e intangível se faz real. Quando as peças se juntam como numa grande e misteriosa engrenagem que, de repente, ao encaixarmos uma peça mágica, começa o girar abrindo um portal para outro mundo.

Nessa hora, o mundo de dentro e o mundo de fora se juntam e num regozijo nos sentimos plenos. Isso pode durar horas, dias ou anos - não importa. Quem esteve nesse portal sabe que “os pontos se juntam em algum lugar” e isso faz tudo valer a pena. 

Vânia de Morais Psicóloga, mestre em Ciências da Saúde, doutoranda em Linguística, pesquisadora em cognição e linguagem. Professora em cursos de capacitação de psicoterapeutas e especialização em Terapias cognitivas na UFMG. 

18 de out. de 2011

Violência começa em casa


Violência começa em casa

O noticiário nos informa diariamente sobre atos de violência protagonizados por crianças e adolescentes. A palavra violência refere-se a qualquer comportamento humano que extrapole normas de conduta e cause danos físicos e/ou emocionais. Pode consistir em ações ou omissões, intencionais ou involuntárias, e classifica-se em negligência e abuso físico, sexual e emocional.

Sem desconsiderar fatores políticos e socioeconômicos envolvidos na questão, vamos focalizar o tema no contexto familiar, já que a violência que ocorre em casa está na base de todas as outras. Seu alvo mais vulnerável é a criança e o adolescente, em cujas personalidades ainda em formação tal experiência será integrada como fator determinante de traços, crenças e predisposições futuras.

Balanço divulgado pela Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, que recebe denúncias de violência contra crianças e adolescentes pelo serviço “disque 100”, revela que desde 2003 foram registradas 167 mil ocorrências em todo o país. Pesquisa realizada em agosto de 2011 pela Universidade Federal de São Carlos mostra que 70% das crianças envolvidas com bullyng – como agentes ou vítimas – sofrem castigos corporais no lar.

Um artigo publicado no New York Times em 22 de setembro de 2011 expõe o resultado de uma pesquisa sobre bullyng, mostrando que adolescentes envolvidos não se reconhecem como agressores nem vítimas. Em vez disso, classificam como “drama” qualquer manifestação nesse sentido, desqualificando o sofrimento envolvido de forma a permitir a continuidade daquilo que consideram inócuo ou engraçado.

A ponta do iceberg
As pesquisas demonstram apenas a ponta do iceberg. Vítimas de violência doméstica, assim como seus parentes e vizinhos, geralmente guardam segredo e o problema só vem à tona quando resulta em atendimento médico. Mesmo assim, lesões corporais que compreendem desde contusões, fraturas e queimaduras até rupturas de órgãos são frequentemente interpretadas nos serviços de saúde como acidentes.

A violência física e sexual vem sendo alvo de campanhas de conscientização ainda de forma tímida, se levar em conta a gravidade do problema. Entretanto, pouco se fala sobre abuso psicológico ou emocional, que tem o agravante de não deixar marcas visíveis. Esse tipo de violência ocorre sob a forma de ameaça, isolamento, indiferença, corrupção, exigências abusivas de desempenho, humilhação, desqualificação e rejeição.

A negligência é caracterizada pela omissão de cuidados e de atendimento às necessidades básicas da criança e do adolescente no que diz respeito à saúde, segurança, alimentação, educação, afeto e respeito.

Estudos neurocientíficos demonstram que toda forma de abuso, bem como o estresse que dela resulta, afeta seriamente o desenvolvimento anatômico e funcional do cérebro de crianças e adolescentes.

De pai para filho
Métodos educativos são transmitidos de geração a geração por meio de crenças nem sempre conscientes que compelem os pais ao uso dos métodos que lhes foram aplicados na infância. Pesquisas sobre a punição física constatam que a grande maioria dos adolescentes que apanham concorda que as crianças que fazem algo errado devem ser castigadas.

Crianças maltratadas tendem a se tornar adultos agressores ou propensos à vitimização. A experiência de maus-tratos mina a autoestima, a autonomia e a capacidade de se ver diante de outra pessoa em condição de igualdade. Estudos realizados em penitenciárias mostram que quase 100% dos criminosos sofreram algum tipo de violência na infância.

Como disse Madre Teresa de Calcutá, “no próprio lar começa a destruição da paz no mundo”. A tradição cultural que estimula os pais a castigarem física e emocionalmente os filhos propaga a cultura do poder à custa do abuso do mais fraco pelo mais forte e contribui para a banalização da violência.

Contudo, o papel da infância vem mudando gradualmente ao longo da história. De um lugar social nulo no Brasil colonial, vem se tornando cada vez mais socialmente relevante. Crianças e adolescentes são hoje reconhecidos como sujeitos de direito.

Podemos observar no discurso dos pais a representação de diversos momentos dessa transição para a cidadania em relação à punição corporal. Há aqueles que defendem que os pais têm plenos poderes para castigar os filhos. Há aqueles que buscam alternativas construtivas de educação. E existem outros que estabelecem limites para os castigos, como bater sem machucar ou humilhar. Depois do castigo, alguns se arrependem, reconhecendo o abuso.

Educação pelo exemplo
Devemos contribuir, por meio da informação, para que a transição cultural se dê mais rapidamente e com menos sofrimento. Medidas preventivas aos maus-tratos infantis devem alcançar setores responsáveis nas áreas jurídica, educacional, de assistência social e saúde pública.

É importante treinar os profissionais de saúde e educação para a detecção de sinais de violência, bem como desenvolver programas de conscientização de pais e familiares sobre as suas consequências. Graças à consciência e ao domínio da linguagem é possível encontrar formas inteligentes de alcançar os objetivos e devemos ensinar esses meios aos nossos filhos.

Podemos ensiná-los a reclamar quando insatisfeitos, a reivindicar sem desrespeitar os direitos alheios, a identificar e expressar sentimentos, a resolver problemas e reconhecer seus erros, a se desculpar, a tolerar a frustração, a conter impulsos, a se solidarizar, a respeitar limites e seguir regras, a construir relacionamentos saudáveis.

Na tarefa de educar, são recursos necessários aos pais a coerência na palavra e na ação, a adoção de valores sólidos, de responsabilidade, consistência, capacidade de cuidar, de amar, dialogar, ter tempo para educar, vontade de aprender e de ser uma pessoa sempre melhor a fim de dar o exemplo e se tornar um bom modelo para o desenvolvimento dos filhos. 

Vânia de Morais Psicóloga, mestre em Ciências da Saúde, doutoranda em Linguística, pesquisadora em cognição e linguagem. Professora em cursos de capacitação de psicoterapeutas e especialização em Terapias cognitivas na UFMG. 


Publicado no site Dom Total: 
http://www.domtotal.com/colunas/detalhes.php?artId=2255

12 de out. de 2011

Educar e punir são coisas diferentes


Educar e punir são coisas diferentes

A cena se repete em famílias de todas as classes e de diferentes níveis educacionais. Diante do comportamento de oposição do filho, os pais recorrem à punição física como “método educativo”. Imediatamente, a criança cessa o comportamento indesejado por temor aos adultos, que demonstram ter mais força física que ela e não por uma aprendizagem quanto aos significados (pessoais, sócias, afetivos) embutidos em tal comportamento. Será que podemos chamar a isso de educação?

Os defensores da palmada argumentam que, quando a criança desafia a autoridade dos pais e testa os limites, a demonstração de força se faz necessária para que entenda que é mais fraca e, assim, se submeta. Especialmente se ela não obedece a uma ordem que foi repetida.

Os castigos corporais vão da palmada ao espancamento, passando pelos abusos psicológicos infelizmente comuns nas relações familiares, como ameaças de abandono, castigo, rejeição, humilhação, indiferença e exigência exagerada de rendimento intelectual, esportivo ou outros tão comuns na sociedade atual. Muitas vezes a criança responde à agressão dizendo que “não doeu” ou se recusando a admitir o sofrimento, o que costuma aumentar a ira dos pais e a severidade da punição.

A demonstração de força dos adultos é obviamente desnecessária. É claro que a criança percebe quem é o mais forte, pelo menos fisicamente. Além disso, mesmo a palmada, considerada inofensiva por muitos pais, é uma agressão à integridade física e psíquica do filho, pois nesse embate ele estará sempre em desvantagem.

Construção interior

A criança é uma pessoa em formação, estando em franco processo de construção de um mundo interno composto de normas, regras, valores, gostos e desgostos. Suas experiências são o meio pelo qual aprende e apreende o mundo ao seu redor. As experiências são matéria-prima de realização do ser humano que vai se construindo.

Ela não está testando os pais quando os desafia. Está testando a si mesma e experimentando os próprios limites, aprendendo sobre si e sobre os outros. Está construindo regras que estarão na base de seus relacionamentos futuros. Cabe aos adultos responsáveis pela educação da criança dar-lhe os parâmetros que demarcam os limites entre ela e os outros, o que é permitido, o que é indevido, o que é proibido. Isso, sim, é educar.

Gritar, ameaçar e bater na criança não a educa e sim comunica ou ensina que a força física é o instrumento para se impor a realização de um desejo. Bater é uma forma de coação, não de educação. Coagir é usar a força para conseguir o que se quer. Se bater educasse, a palmatória ainda seria usada na escola e os pais concordariam que os professores castigassem seus filhos ou que vizinhos e amigos os corrigissem com “uns tapas”, toda vez que se comportassem de forma inadequada fora de casa.

Esse comportamento ambíguo não causa estranhamento, porque o filho ainda é visto pela sociedade como propriedade dos pais. Se alguém comete o desatino de bater no filho de outro, certamente será processado e punido pela lei. Afinal, bater numa criança é crime. Mas os pais continuam batendo nos filhos! Reconhecem que esse é um ato de covardia, se ocorre fora de casa, mas não o consideram como tal quando se dá entre as paredes do lar.

Violência gera violência

Será que um pai ou mãe acredita mesmo que está fazendo bem ao filho quando lhe castiga com palmadas e humilhações? Ou simplesmente não conhece outros recursos educativos? A maioria dos adultos está estressada e impaciente demais para cumprir com a função inevitável da paternidade/maternidade. As pessoas querem obediência e usam a força física como recurso para obtê-la. E o pior é que a criança aprende esse artifício e passa fazer uso dele.

As escolas estão infestadas de comportamentos violentos. Vivemos numa sociedade na qual as pessoas sofrem crescentemente com as psicopatologias do medo: transtornos de ansiedade, transtornos obsessivos, transtorno do pânico e fobias, entre outras.

Frequentemente as crianças que não usam de comportamentos agressivos, provavelmente porque não aprenderam isso em casa, apanham na escola e não sabem se defender. Os pais que têm essa consciência se vêm diante de um grande desafio: ensinar ao filho maneiras de se proteger da violência que o rodeia sem incentivá-lo a adotar comportamentos agressivos.

Os maus tratos às crianças, prática comum ao longo de séculos, vem sendo alvo de atenção dos profissionais de saúde e educação nas últimas décadas. Os educadores, profissionais de saúde e demais responsáveis pela difusão da informação e da formação de indivíduos na nossa cultura têm papel fundamental na proteção da criança e na formação de uma nova mentalidade relativa à educação e à punição no seio da família.

Só a lei não basta

Pesquisas científicas mostram que pais que acreditam na punição física como método educativo batem nos filhos com muita frequência, especialmente quando estão sob estresse. Também tem sido demonstrado que abusos físicos e emocionais cometidos com atitudes punitivas estão associados a problemas de conduta e de saúde mental da criança, como ansiedade, depressão, isolamento social, abuso de drogas e suicídio.

A instituição de uma lei que proíbe o castigo físico – embora este tenha sido um passo fundamental – não tem sido suficiente. Faz-se necessário, portanto, conscientizar os profissionais de saúde e educação para que cumpram sua obrigação legal de notificar os maus-tratos a crianças e adolescentes.

Mais importante ainda, é preciso levar informações às famílias sobre estratégias educativas apropriadas, baseadas em princípios éticos, no respeito, na colaboração e, principalmente, no amor. Assim estaremos contribuindo para uma sociedade mais saudável, formada por pessoas menos violentas, que não sofram de tantos medos e possam viver e conviver em paz.

Vânia de Morais Psicóloga, mestre em Ciências da Saúde, doutoranda em Linguística, pesquisadora em cognição e linguagem. Professora em cursos de capacitação de psicoterapeutas e especialização em Terapias cognitivas na UFMG. 

Publicado no site DOM TOTAL: 
http://www.domtotal.com/colunas/detalhes.php?artId=2221

25 de jan. de 2011

ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOTERAPIAS COGNITIVAS UFMG - inscrições abertas até 04/02/2011

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - UFMG
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOTERAPIAS COGNITIVAS
EDITAL DE VAGAS
O Coordenador do Curso de Especialização em Psicoterapias Cognitivas da Faculdade de Medicina da
UFMG, no uso das atribuições, FAZ SABER, que no período de 14 (quatorze) de dezembro de 2010  a 04
(quatro) de  fevereiro de 2011 estarão abertas as inscrições para admissão ao Curso de Pós-Graduação em
PSICOTERAPIAS COGNITIVAS em nível de Especialização. Para que o curso ocorra deverão ser
matriculados um mínimo de  30  (trinta) alunos.  Nos termos da Resolução nº 07/2004 do Conselho
Universitário da UFMG, 10% (dez por cento) das vagas serão reservadas à participação gratuita de candidatos
carentes e de servidores da UFMG, sempre que aprovados em processo seletivo. O candidato selecionado
poderá habilitar-se à participação gratuita, desde que seja caracterizado como carente pela FUMP (site:
www.fump.ufmg.br) ou selecionado pela Pró-Reitoria de Recursos Humanos, caso seja servidor. No caso de
vaga única ou em número impar, será priorizado o segmento servidor da UFMG. As atividades letivas estão
programadas para o período de 11 (onze) de março de 2011 a 17 (dezessete) de dezembro de 2011.  I – DAS
VAGAS: As vagas para 2011 são no total de 40 (quarenta). II – DAS INSCRIÇÕES: A inscrição no valor
de R$30,00 (trinta reais) poderá ser feita: a) pela  internet www.fundep.ufmg.br (os candidatos que optarem
pela inscrição via  internet deverão enviar a documentação para UFMG/Campus Pampulha  - Av. Antonio
Carlos, 6627 - Fundep/Praça de Serviços/loja 7 - cep 30123-970 - caixa postal: 856 - postada até 02/02/2011
se for via SEDEX). b) pessoalmente no posto de atendimento da Fundep sendo a documentação entregue no
ato da inscrição ou, c) enviada pelo correio no endereço da Fundep acima, postada até 02/02/2011 se for via
SEDEX.   No ato da inscrição o candidato deverá apresentar os seguintes documentos: a)Formulário de
inscrição (fornecido no ato da inscrição) devidamente preenchido e acompanhado de 02 (duas) fotos 3x4; b)
Cópia de diploma de graduação em Psicologia ou Medicina, frente e verso, expedido por estabelecimento
oficial ou oficialmente reconhecido, ou de outro documento que comprove estar o candidato em condições de
concluir o curso de graduação até o término do período para registro acadêmico no curso de pós-graduação,
ficando tal registro condicionado à prova de conclusão da graduação; c) “Curriculum vitae”; d) Prova de estar
em dia com as obrigações eleitorais (cópia do comprovante de votação na última eleição: 1º e 2º turno) e/ou
militares, no caso de candidato brasileiro, e, no caso de estrangeiro os exigidos pela legislação específica. O
candidato estrangeiro deve comprovar o domínio instrumental da língua portuguesa; e) Cópia da Carteira de
Identidade expedida pela Secretaria de Segurança Pública e cópia da carteira do Conselho Regional de
Psicologia (CRP) ou Medicina (CRM);  f) comprovante do pagamento da inscrição; g)  Comprovante de
endereço.  Não serão aceitas inscrições com documentação incompleta. Só serão deferidos os pedidos de
inscrição que atendam as exigências deste edital.  III – DO CONCURSO E SELEÇÃO: O processo  de
seleção dos candidatos, que se realizará na Faculdade de Medicina, em sala a ser definida, ocorrerá em 2
(duas) etapas, sendo a primeira etapa eliminatória uma prova a ocorrer em 07 (sete) de fevereiro e, a segunda
etapa classificatória no formato de entrevista, a ocorrer entre 08 (oito) e 09 (nove) de  fevereiro. A primeira
etapa será constituída de avaliação dos currículos dos candidatos, onde serão consideradas a experiência
profissional comprovada por profissional ou entidade inscritos nos Conselhos Profissionais (20%), a
participação em eventos científicos da área (20%), os cursos complementares (20%) e outras atividades
relacionadas ao tema da especialização (40%), resultando em nota de 0 (zero) a 100 (cem). Os candidatos que
obtiverem média igual ou acima de 60% serão convocados para a entrevista. Na entrevista serão avaliados os
seguintes quesitos: conhecimentos sobre os princípios das psicoterapias, do funcionamento mental e do
comportamento humano (60%); interesse particular do candidato e a efetiva disponibilidade para freqüentar o
curso (40%). Alguns conceitos relevantes sobre as psicoterapias cognitivas podem ser encontrados em:
CORDIOLI, Aristides V. Psicoterapias: abordagens atuais. 2ª edição. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998; e
STERNBERG, Robert. Psicologia Cognitiva. 4ª edição. SP: Artmed, 2008.  Será atribuída à entrevista uma
nota na faixa de 0 (zero) a 100 (cem). A nota final de cada candidato será a média aritmética das notas obtidas
na prova e na entrevista. Os candidatos serão classificados por ordem decrescente da média dos  pontos
obtidos na prova e na entrevista, dentro do limite das vagas de acordo com os critérios mencionados acima. A
entrevista será realizada em sala do Departamento de Saúde Mental na faculdade de Medicina. A escala de
horários das entrevistas, assim como o local para as mesmas será afixada no mural do Departamento de Saúde
Mental da Faculdade de Medicina, no dia 09/02/2011 às 16h00. IV - DA APROVAÇÃO: Para a aprovação
final será considerada a média aritmética dos itens a e b, dentro do limite de vagas. A classificação será feita
em ordem decrescente das notas apuradas, que serão publicadas com os resultados no dia  14 (quatorze) de fevereiro de 2011. Os critérios de desempate incluem: 1) nota maior no “Curriculum Vitae”; 2) nota maior na
entrevista, 3) maior idade. As notas finais e de cada etapa serão divulgadas no mural do Departamento de
Saúde Mental, no segundo andar da Faculdade de Medicina. Os recursos poderão ser feitos no Departamento
de Saúde Mental dentro do prazo de 10 (dez) dias a partir da data da divulgação das notas. Neste período, os
candidatos terão acesso às respectivas avaliações. A Banca examinadora será composta por 03 (três)
professores do programa com título mínimo de mestre. A documentação de candidatos aprovados e
reprovados não será devolvida em hipótese alguma. V – DO REGISTRO E MATRICULA: O candidato
aprovado no processo seletivo de que trata este edital deverá efetuar, exclusivamente pela internet, no
período de 16/02/ até 18/02/2011, o seu cadastro prévio, mediante o preenchimento de formulário disponível
no site https://sistemas.ufmg.br/cadastroprevio. O DRCA tomará as providências para efetuar o Registro
Acadêmico após o recebimento da documentação completa dos candidatos selecionados, na forma exigida
(cópias legíveis e sem rasuras) e do preenchimento da Ficha de Cadastro Prévio pelo candidato classificado.
A documentação completa dos selecionados será enviada ao DRCA pela Secretaria do Curso  até a data
21/02/2011. O candidato que apresentou, no período de inscrição, documento comprobatório de estar em
condições de concluir o curso de graduação antes do período para registro acadêmico no curso de pósgraduação, deverá entregar na Secretaria do Programa, até a data 18/02/2011, documento que comprove a
conclusão do curso de graduação (cópia do diploma de graduação, expedido por estabelecimento oficial ou
oficialmente reconhecido ou declaração de conclusão de curso em que conste a data da colação do grau). Não
serão aceitas declarações com previsão de conclusão ou de colação. De acordo com o disposto no art. 39, §
2º, do Regimento Geral da UFMG, “cada aluno terá direito a um único registro acadêmico, correspondente a
uma só vaga no curso em que foi admitido na UFMG”. Perderá automaticamente o direito à vaga e será
considerado formalmente desistente o candidato classificado que não efetuar o Cadastro Prévio na data fixada
para a realização desse procedimento ou que não apresentar qualquer dos documentos solicitados neste Edital.
O preenchimento de vaga(s) decorrente(s) destas situações será feito mediante convocação de outros
candidatos aprovados, observada, rigorosamente, a ordem de classificação segundo a ordem decrescente de
pontos obtidos no concurso, até a data limite para envio da documentação ao DRCA. A matrícula dos
candidatos aprovados será realizada no Sistema Acadêmico da Pós-Graduação, de acordo com orientação da
Secretaria do Programa, em data a ser divulgada, observado o calendário acadêmico da Universidade. Belo
Horizonte, 24 de novembro de 2011.
José Carlos Cavalheiro da Silveira
Coordenador do Curso de Especialização em Psicoterapias Cognitivas